O cuidado em saúde está em constante evolução, acompanhando as mudanças da nossa sociedade e as tendências de comportamento das pessoas. A ciência evolui e os processos de gestão também. Tecnologias como a ciência de dados e a inteligência artificial, que apoiam a compreender quais as formas de cuidar trazem mais equilíbrio para os sistemas de saúde e bem-estar para as pessoas. Nesse sentido, a medicina preventiva vêm ganhando espaço ao longo dos últimos anos.
Isso não quer dizer que a medicina curativa esteja caindo em desuso. Ela ainda é muito necessária, mas quando aliada a ações de prevenção pode trazer melhores resultados. Uma abordagem preventiva apoia as pessoas a se empoderarem sobre o seu cuidado, evitando que algumas condições de saúde se agravem ou se tornem crônicas.
A medicina preventiva pode ser uma aliada da saúde nas empresas, evitando o absenteísmo e contribuindo para que os colaboradores se mantenham mais saudáveis, mais felizes e consequentemente mais produtivos. Continue lendo e entenda como tornar sua #EmpresaSaudável.
O que mudou nos últimos anos na medicina?
Durante muito tempo, o cuidado se deu de acordo com uma lógica curativa. Ou seja, era iniciado apenas quando uma doença já estava estabelecida e os sintomas se apresentavam. Não havia uma ampla preocupação com o rastreio de patologias e raramente o diagnóstico era precoce. A tendência era que uma condição de saúde evoluísse silenciosamente e se fosse descoberta quanto já trazia prejuízos significativos para a qualidade de vida das pessoas.
Com o passar do tempo e algumas experiências positivas neste sentido, a prevenção apareceu como uma alternativa mais efetiva para o controle de doenças agudas e crônicas. Assim, a adoção da medicina preventiva é crescente nos sistemas de saúde público e suplementar, sendo aplicada em diversos âmbitos – inclusive na saúde do trabalhador.
Mas o que é medicina preventiva?
É uma das abordagens mais utilizadas em organizações e empresas na promoção do bem-estar de seus colaboradores. Consiste em uma lógica de cuidado que tem como objetivo evitar lesões e doenças, sejam físicas ou mentais, e promover a saúde integral das pessoas. Pode-se dizer que em vez de tratar sintomas, a medicina preventiva se antecipa, busca incentivar bons hábitos e não espera que o mal estar se manifeste para começar a intervir.
A medicina preventiva no ambiente corporativo tem como papel acompanhar de forma constante a rotina dos colaboradores, identificar grupos de risco e comportamentos que possam ter impacto negativo na produtividade.
Como é a aplicação da medicina preventiva nas empresas?
Para que a medicina preventiva traga bons resultados, ações pontuais não são suficientes. É necessária adoção de programas de prevenção que levem em conta as particularidades de cada colaborador e proponha ações de acordo com os riscos.
Em uma empresa, é possível que parte dos colaboradores use o plano de saúde em razão de lesões ortopédicas, outros por problemas cardiovasculares ou ainda por saúde mental. Se o gestor não tiver acesso a esses dados, pode perder a oportunidade de criar programas específicos para cada grupo.
Atualmente, já existem soluções para mapear as necessidades de cada grupo e tornar as ações muito mais objetivas e eficazes, resultados em saúde e bem-estar para os colaboradores e em rentabilidade para a organização.
Qual a importância de a gestão investir em medicina preventiva?
Quando falamos em medicina do trabalho, comumente pensamos em dois momentos: a contratação e a rescisão do contrato. Porém, no intervalo de tempo entre esses dois momentos, nem sempre o colaborador conta com um cuidado continuado, o que impacta negativamente na qualidade de vida.
Com uma medicina preventiva bem aplicada, além de ficarem menos suscetíveis a desenvolverem problemas de saúde, os colaboradores se sentirão assistidos e acolhidos. Investir nos colaboradores é investir em desempenho. Ao incorporar a medicina preventiva nos processos da empresa gera uma série de benefícios, como por exemplo:
1. Redução do absenteísmo
Problemas de saúde impactam a vida dos pacientes dentro e fora da empresa. Ações preventivas ajudam a evitar e a diagnosticar doenças precocemente, evitando que cheguem a estágios mais avançados e debilitantes. Assim, as chances de um funcionário precisar se afastar por períodos extensos é reduzida.
2. Controle de riscos
A medicina preventiva ajuda a identificar comportamentos de risco e as ações necessárias para reduzi-los ou erradicá-los, como a adoção de equipamentos de proteção no caso de profissionais expostos a risco de contaminação ou ginástica laboral para aqueles que efetuam esforços repetitivos.
3. Redução de custos com a saúde
Quando um funcionário precisa se afastar, os custos são elevados. Há mais gastos com o plano de saúde e também na contratação de um substituto. O investimento em prevenção é menor do que aquele necessário para lidar com uma condição de saúde agravada e complexa.